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25 de Abril de 2024

Cartilha de supermercado orienta funcionários como tratar clientes LGBT

Publicado por Ylena Luna
há 10 anos

Cartilha de supermercado orienta funcionrios como tratar clientes LGBT

Um manual direcionado aos funcionários da rede de supermercados Carrefour tem feito sucesso nas redes sociais. Mas não são ofertas de produtos que chamaram atenção, mas sim as regras sobre como tratar os clientes e colaboradores LGBT.

Na lista de perguntas e respostas, estão informações sobre o que fazer quando ver duas pessoas do mesmo sexo se beijando em público — “Todos podem expressar sua vida familiar e afetiva” — como reagir caso o casal “passe dos limites” — “Não crie problemas para as pessoas com base em sua visão de mundo”, além da informação de que o Carrefour emprega e incentiva travestis e transexuais a deixarem currículo na empresa.

O nome social das pessoas também deve ser respeitado: “(a pessoa deve ser tratada) da maneira como quer ser chamada, seja colaborador, cliente ou qualquer outra pessoa do nosso relacionamento”.

No Facebook, muitos usuários comemoram a iniciativa do supermercado. “O Carrefour pode não ser o melhor no quesito supermercado, mas me ganhou com essa postura clara e direta anti-homofobia. Parabéns!”, comentou Michel Silva.

Cartilha de supermercado orienta funcionrios como tratar clientes LGBT

Confira a nota do Carrefour na íntegra:

Para o Carrefour, o respeito à diversidade é um princípio que integra a gestão de seus negócios. O grupo conta com um Código de Ética mundial que, entre suas diretrizes, enfatiza a importância da respeitar a todos em suas singularidades. No Brasil, a companhia desenvolveu o ‘Programa de Valorização da Diversidade’, que tem como objetivo disseminar o posicionamento da empresa sobre o tema. Um comitê estratégico, formado por representantes de diversas áreas de negócios, foi constituído para assegurar a aplicação do programa e desenvolver ações para aprimorar suas práticas de gestão.

Entre as ferramentas desenvolvidas pela rede neste sentido está a ‘Cartilha Valorizamos a Diversidade’, que oferece aos líderes da companhia uma base conceitual e promove o alinhamento em torno de práticas que valorizem as pessoas. Para disseminar o conteúdo, o Carrefour realizou a Semana da Diversidade, uma ampla campanha interna que contou com o engajamento de toda a liderança para multiplicar o tema para os milhares de colaboradores da rede.


Fonte: http://extra.globo.com/noticias/brasil/cartilha-de-supermercado-orienta-funcionarios-como-tratar-cli...

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Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/cartilha-de-supermercado-orienta-funcionarios-como-tratar-clientes-lgbt/143782717

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66 Comentários

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A cartilha é excepcional, realmente muito boa, traz a questão da dignidade de qualquer pessoa muito bem embasada.
Mas trechos como:
"Minha religião não permite conviver com isso."
**De novo a religião como fomentadora de ódio e dissensão. Jogando as crenças contra a pessoa homossexual.
Só faltou colocar "Sou crente", o que seria muito infeliz, haja vista que o cristão não admite pecado, mas nunca é instruído a ofender ninguém pelo pecado que for.
Se ficasse só na partícula:
"Não aceito de jeito nenhum."
Seria um modelo a ser seguido por todas as instituições governamentais, públicas e privadas do país.
De novo: para quem não acredita estar pecando, ser chamado de pecador não deveria ser agressivo, certo? Antes que venha uma enxurrada de comentários dizendo que isso é ofensivo. continuar lendo

Concordo, a cartilha deveria ser orientada para os próprios homossexuais, são eles quem mais agridem eles mesmos. Identificar no cristão um homofóbico é fazer coro a um movimento que só pretende varrer o cristianismo do Brasil. Não há, na história brasileira, um caso só de alguém que tenha lido a bíblia e visto ali um motivo para matar ou agredir um homossexual. Já o inverso é verdadeiro, ou seja, apoiadores do movimento homossexual estariam dispostos a pegar em armas para combater os cristãos. continuar lendo

é verdade.... as pessoas devem rejeitar o dito pecado mas amar as pessoas pois o amor muda, a forma de pensar de agir e de até achar que determinada situação que se parece certa pode estar equivocadamente errada..... continuar lendo

Roger Prado, pondere frisando muito bem que há a Lei e a Graça na Bíblia, na Lei, temos a sombra, mas na Graça o conhecimento. Para que não seja listado o Antigo Testamento de forma pinçada, para gerar argumentos equivocados CONTRA o cristão. E no texto, englobam todas as religiões no mesmo balaio, a luta contra os preconceitos roda em torno de extremismos. Se todos cortarmos os nossos, teremos entendimentos, não volência continuar lendo

Acredito que apenas usam a religião como bengala para os preconceitos.
"Minha religião" na verdade significa, meus conceitos.
"Não permite", quer dizer não compreende.
"Conviver com isso", é aceitar aos que já rejeita.
"Não aceito de jeito nenhum", significa que é uma pessoa sem condições de refletir, observar e de saber fazer pleno uso da maior das dádivas que temos: o arbítrio.
Maravilhosa atitude a desta empresa! Muito boa a publicação! continuar lendo

Realmente precisamos combater o preconceito contra os homoafetivos: um mal que assola não só o nosso pais, mas o mundo inteiro. Mas, da mesma forma que os heterossexuais são chamados a atenção, devem ser chamados os homossexuais. O grande problema hoje é que nem todos tem o conhecimento do que é homofobia ou não. Uma expressão de pensamento, como é previsto em nossa constituição federal, não pode ser considerada um ato homofóbico; da mesma forma que casais heterossexuais são chamados a atenção por beijarem-se em público, os homossexuais serão chamados e isso não deve ser caracterizado como homofobia, apenas uma questão de respeito para com os outros. Devemos sim, como juristas que somos, combater essa discriminação quanto aos homossexuais, mas as pessoas devem entender melhor o que é a homofobia e quais os atos que a caracterizam. continuar lendo

Casais heterossexuais são chamados a atenção por BEIJAREM-SE em público? Sério!? Onde!?? Pq!? Vejo toda hora casais se beijando na rua e não vejo nenhum tipo de repressão (ainda bem!).

Leia de novo a nota do Carrefour, amigo. Em especial esses dois trechos:

1. "Todos podem expressar sua vida familiar e afetiva em público."

2. "Não crie problemas para as pessoas com base na sua visão de mundo."

Sem mais. continuar lendo

Diego Westphalen, carinho não se confunde com carícia. Heteros muito afoitos são repreendidos sim, e atacam quem repreendeu com menos ódio que os homossexuais, ainda bem. O que é clara é a pífia argumentação de que amasso é a mesma coisa que beijos e andar de mãos dadas. É estranho e pode sim chocar as pessoas ver dois homens ou duas mulheres se beijando pelo simples fato de serem empáticas e se imaginarem nessa situação. É errado se imaginar na cena e se sentir chocado?
Não, mas partir pra cima gritando irracionalmente como se fosse se defender de um predador atacando, isso sim é homofobia.
Quer pegar na mão? pegue, quer dar selinho? dê...
Mas se ficar de amasso como adolescentes fazem na frente de adultos com crianças, vão ser chamado a atenção sim. Falta de respeito sim.
Outra coisa: se um casal hétero pular do prédio você pula?
Parece piada, mas uma coisa ruim sendo praticada não é motivo para ser replicada. Certo?
Como qualquer um, passei pela adolescência e levei muitos safanões por me comportar de maneira inadequada em plena luz do dia dessa mesma forma.
Agora, com filha. sei o porquê.
Que tal fazer diferente?
Que tal dar valor ao que realmente deve ser valorizado?
Que tal ser um cara assumidão mas muito gente fina?
Mas uma minoria estraga essa imagem, provoca, encena (da pior maneira, pois não tem o mesmo comportamento na intimidade, lá, faz o papel de pessoa de comportamento normal e caseiro).
Assim é feio.
Feio para hetero, para homo, para todos. continuar lendo

Diego, os heterossexuais são chamados atenção sim, por diversas vezes, tudo depende da intensidade. Lógico que beijos "estalinhos" não, mas se você ainda não viu, imagine um beijo "desentupidor de pia" com caricias no meio do supermercado, esses são chamados atenção, e com razão, afinal o local é frequentado por crianças. Certa vez chamaram até a polícia porque um homem estava fazendo compras de sunga de praia, tão comum no RJ, causou um alvoroço em SP. Em certos aspectos a cartilha é muito boa, mas para quem quer combater a discriminação, peca no trecho "minha religião não permite conviver com isso", uma verdadeira antinomia, totalmente desnecessária e que instiga a discriminação contra pessoas religiosas, que já vem sofrendo constantes ofensas e demonstrações de antipatia e preconceito não motivados. continuar lendo

Karla, não sei o que tu quis dizer por "carícias" - aí sim, dependendo da intensidade, um casal heterossexual pode ter chamada a sua atenção, claro. Se for uma cena obscena ou coisa que o valha. Mas apenas por se beijaram, seja na intensidade que for, não. Até pq seria um completo absurdo, um moralismo excessivo e invasivo na vida das pessoas. Como diz a nota, "todos podem expressar sua vida familiar e afetiva em público, não crie problemas para as pessoas com base na sua visão de mundo." Excelente frase, por sinal. Imagino que tu não discordes de que essa repressão é muito mais presente e exacerbada no caso dos homossexuais, devido ao grande preconceito e até certa repulsa que existe em nossa sociedade.

Quando leio comentários como o do amigo aí acima, geralmente eles vem, ainda que sob um manto de moderação e equilíbrio, pra absolver ou ser permissivo com comentários homofóbicos, sim. Liberdade de expressão, como qualquer outro direito, tem limites. E uma "expressão de pensamento" pode sim, por óbvio, ser homofobia.

Sobre a frase "minha religião não permite conviver com isso", não vejo aí nenhum preconceito contra pessoas religiosas, mas sim a reprodução de um argumento e comportamento recorrentes nos casos de discriminação e preconceito contra LGBT. Seria surreal se negássemos que geralmente o argumento para tal discriminação é religioso. Não é este um fato conhecido por todos? Por isso a previsão na cartilha. A frase não infere que toda pessoa religiosa é preconceituosa, nem faz qualquer juízo negativo generalizado a quem é religioso. Apenas rebate, por necessário, o argumento de que uma religião (seja qual for, a cartilha não especifica) poderia justificar discriminação ou preconceito. Não pode. continuar lendo

Diego Westphalen, afirma: "Quando leio comentários como o do amigo aí acima, geralmente eles vem, ainda que sob um manto de moderação e equilíbrio, pra absolver ou ser permissivo com comentários homofóbicos, sim."
Fascinante.
Então, meu caro, eu pedir moderação para não fomentar violência é o quê?
Lendo ao contrário serve para outra coisa?
Tudo pode ser levado com moderação.
Absolver ou ser permissivo, inebriante.
De certo que se eu postulasse isso em público e você estivesse presente, gritaria: mentiroso! subversivo!.
Estranho...
Querem defesa dos direitos e, quando acham alguém que concorda, mas com algumas premissas a serem atendidas (tais como, *não enfiar estátuas religiosas no reto, *transar na frente de crianças, *bolinar nos ônibus e terminais, *escolarizar as crianças (já adolescentes) sobre sexualidade (e não com dois aninhos como um de seus representantes quer) e *não ameaçar pegar em armas), é pedir demais?
Muito absolvente e permissivo. continuar lendo

Nao sei se estou certo, mas a referida empresa deveria antes dessa atitude, passar os seus colaboradores por um curso de direito constitucional, nos principios e garantias fundamentais do cidadao, onde ali se aprende a se respeitar a minoria, tao simples, isso e puro marketing. continuar lendo

Marketing ou não, algo positivo foi feito enquanto você só reclamou. continuar lendo

Conforme a cartilha, até parece que só quem expressa alguma religião tem dificuldade de lidar com a situação! Conheço diversas pessoas que apesar de professarem nenhuma fé, não conseguem achar "normal" (o que é diferente de comum) a relação entre pessoas do mesmo sexo. Assim como todos têm o direito de expressar sua vida familiar e afetiva em público, todos também têm o direito de ter opiniões diversas, sem agredir ou ser agredido por conta delas!! continuar lendo